sexta-feira, 22 de maio de 2015

VIVER NO SERTÃO

A divisão funcional do espaço em Brasília me privava dessas delícias que tenho no sertão.
Sou vizinho da Igreja Nova de Santa Rita e, na carona, participo, mas sem sair daqui de casa, de todos os festejos. Estamos no mês de aniversário da Santa, e agora passou uma animadíssima procissão, com um certo tom de pastoril natalino, com direito à banda e tudo mais. Lindo de se ver.
Como todos sabem, não sou católico, embora participe com muita satisfação, e se convidado, de eventos em que minha presença é solicitada, como a Semana Social da Igreja e, mais recentemente, da reunião do Conselho Pastoral Diocesano, ambos em Caetité, onde fui palestrar para bispos, padres, religiosas e leigos.
Nossas pesquisas têm revelado que, em Caetité, como nas demais cidades da diocese (Guanambi talvez seja a exceção), ainda não se fez sentir a suposta ameaça pentecostal.  A vacina consiste no poder mobilizador do catolicismo popular, com suas romarias, grupos de Reis, festas de santos.
Pelo contrário, a Igreja dá mostras de sua vitalidade mantendo seus fieis, ao lado do trabalho de um bom número de padres engajados numa atuação progressista junto à população do campo. Sim, a despeito dos desinformados jornalistas de SP, continuam a existir por aqui as CEBs. Graças e eles o poder dos novos coroneis têm sido mitigado.
Mas, acima de tudo, viva o Sertão com seus padroeiros que também nos trazem a alegria dessas celebrações simples e sinceras do povo da terra.


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