quinta-feira, 28 de maio de 2015

VAMOS DAR O TROCO???

Segue a nominata de deputados da Bahia que votaram favoravelmente ao dinheiro das empresas em suas campanhas. 
Os deputados baianos que disseram “sim” à proposta foram de 12 partidos. Do DEM: Cláudio Cajado, Elmar Nascimento, José Carlos Aleluia, Paulo Azi. Do PMDB: Lúcio Vieira Lima, do PP: Cacá Leão, Mário Negromonte, Ronaldo Carletto. Pelo PR: José Carlos Bacelar e José Rocha. Pelo PRB aprovaram Márcio Marinho e Tia Eron. No PSC o deputado Erivelton Santana disse amém. No PSD, Fernando Torres, José Carlos Araújo e Sérgio Britto. No PSDB, Antônio Imbassahy, João Gualberto e Jutahy Júnior. No PTB, Antônio Brito e Benito Gama. No nanico PTC, Uldurico Júnior. No PTN, Bacelar e no SD, Arthur Maia.
Dizia o finado Bob Fields que não existe almoço de graça, portanto empresa não faz doação, mas, sim, investimento.

terça-feira, 26 de maio de 2015

RODA, RODA, RODA E AVISA...

Na noite de ontem, assisti ao primeiro capítulo de Chacrinha, o musical, direção de Andrucha Waddington, com Stepan Nercessian e Leo Bahia vivendo o Velho Guerreiro. 
Nunca escondi minha admiração pelo maior comunicador da televisão brasileira, de modo que daria audiência ao programa incondicionalmente, mas fui surpreendido pela alta qualidade do espetáculo, se bem que foi montado para teatro e não para a telinha. Só achei chata essa coisa de capítulos, ou seja, fatiaram a peça pra ficar com jeito de minissérie.
Na primeira oportunidade, me largo para uma metrópole para ver Chacrinha ao vivo e em cores.
Finalizo, como o filho do Fitipaldi:
Eu recomendo!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

NOSSO DEVER DE CASA

Já ensinava o velho  e bom Durkheim que o crime é fato social normal e, por outro lado, tem sua positividade, na medida em que sua prática principalmente suscita na comunidade o sentimento de justiça, que deve ser aplicada ao infrator.
Ora, ninguém fica impassível diante da noticiada corrupção dos políticos, parecendo ser problema tipicamente nacional, mas, ao contrário do que insinua uma certa imprensa, trata-se de mal universal, flagelando sociedades, como Alemanha e até a Bélgica.
Nossa indignação tupiniquim faz-nos clamar contra o que parece ser inoperância do parquet e leniência do Judiciário. Ora, nunca se julgou e prendeu tanta gente no Brasil. A raiz do mal, no entanto, é outra, do que adianta cassar deputados corruptos se, com nossos votos, teimamos em investi-los nos diversos mandatos? Maluf que o diga.
Por isso, a conclusão é trivial: vamos fazer direitinho nosso dever de casa, votando com consciência.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

VIVER NO SERTÃO

A divisão funcional do espaço em Brasília me privava dessas delícias que tenho no sertão.
Sou vizinho da Igreja Nova de Santa Rita e, na carona, participo, mas sem sair daqui de casa, de todos os festejos. Estamos no mês de aniversário da Santa, e agora passou uma animadíssima procissão, com um certo tom de pastoril natalino, com direito à banda e tudo mais. Lindo de se ver.
Como todos sabem, não sou católico, embora participe com muita satisfação, e se convidado, de eventos em que minha presença é solicitada, como a Semana Social da Igreja e, mais recentemente, da reunião do Conselho Pastoral Diocesano, ambos em Caetité, onde fui palestrar para bispos, padres, religiosas e leigos.
Nossas pesquisas têm revelado que, em Caetité, como nas demais cidades da diocese (Guanambi talvez seja a exceção), ainda não se fez sentir a suposta ameaça pentecostal.  A vacina consiste no poder mobilizador do catolicismo popular, com suas romarias, grupos de Reis, festas de santos.
Pelo contrário, a Igreja dá mostras de sua vitalidade mantendo seus fieis, ao lado do trabalho de um bom número de padres engajados numa atuação progressista junto à população do campo. Sim, a despeito dos desinformados jornalistas de SP, continuam a existir por aqui as CEBs. Graças e eles o poder dos novos coroneis têm sido mitigado.
Mas, acima de tudo, viva o Sertão com seus padroeiros que também nos trazem a alegria dessas celebrações simples e sinceras do povo da terra.


segunda-feira, 18 de maio de 2015

OVO DA SERPENTE EM SÃO PAULO



Um texto chamou minha atenção. Famoso jornalista e blogueiro, que sempre publica no facebook, escreveu sobre o ovo da serpente chocado em São Paulo. Corretíssimo, porém assustador no 70º aniversário do final da II Guerra. Para todos os que pensam no Brasil, é um alerta da maior importância.

domingo, 17 de maio de 2015

OS BONZINHOS E OS MAUS: como os racismos de Lord Lytton e Hitler foram parecidos

Hollywood criou o mito dos alemães maus e dos aliados bons. Também pudera, os donos das companhias cinematográficas são judeus, em sua maioria, e, com carradas de razão, promovem os filmes que denunciam a shoah. Até aí tudo bem. Só que não se lembraram de dizer que, no início do século, o envolvimento dos alemães com o extermínio em massa, quase uma preparação para o horror que veio na II Guerra, inclusive usando a técnica dos campos de concentração, foi posto em movimento antes contra os negros na Namíbia, especialmente na ilha Shark, hoje ponto turístico. Ficou parecendo que o racismo germânico assassinou 6 milhões de judeus. E os hereros e namas? Por que foram omitidos? Foram em torno de 120 mil mortos no então Sudoeste da África (Namíbia).
Os aliados, por sua vez, são todos bons. Esqueceram de denunciar as atrocidades cometidas pelos ingleses na Índia, culminando com a morte por fome de 30 milhões de indianos, por volta de 1870, na gestão do vice-rei Lord Lytton, que comandou a coroação da rainha Vitória na Índia. Lytton, liberal econômico, destruiu o modo de vida ancestral das comunidades indianas, onde havia produção para o autoconsumo, deslocando toda a força de trabalho para agricultura de exportação. No regime anterior de produção comunitária, sempre que havia deficiência de irrigação, ainda assim os camponeses tinham alimentação, em menor quantidade, é bem verdade, mas isso impedia que morressem de fome.
Em 1870, El Niño provocou uma seca sem precedentes, sobrevindo, em consequência a fome, pois já não mais existia a produção tradicional. Assim, enquanto o campesinato sucumbia de inanição, o arroz e outros cereais de exportação, em quantidade suficiente para saciar a fome do povo, aguardavam os navios para serem levados para a América e Europa.