segunda-feira, 30 de abril de 2018


PLUS ÇA CHANGE...
Lula despontou na preferência popular, ficando claro, por outro lado, que seu aprisionamento só contribuiu para consolidar seu favoritismo no eleitorado. O problema é o cenário previsível das eleições para o Congresso Nacional, com números inéditos de reeleição e de ampliação da chamada bancada da Bíblia para mais de 100 componentes. Fala-se até em eleição de 15 senadores evangélicos. Pesquisas sérias ou o wishful thinking dos interessados?Juntamente com as expectativas sebastianistas suscitadas pelo nome de Luís Inácio, que já acena com o desmanche de toda a legislação contra o trabalhador, prevê-se um Legislativo ultraconservador. Lembro-me de um texto de Celso Furtado, publicado na Revista da Civilização Brasileira, intitulado Raízes Históricas de Nossa Problemática Política, ali pelo final dos anos 60, onde ele analisou que os projetos de políticas formulados por presidentes progressistas eram sistematicamente atalhados pelo Congresso de composição reacionária, caso de Jango, com seu Programa de Reformas de Base. Diante disso, aprofunda-se a presente perspectiva de ruptura, onde já desponta a guerra civil, haja vista os acontecimentos no Sul, com apedrejamentos & tiros contra os militantes apoiadores do ex-presidente.

domingo, 22 de abril de 2018

Terra à vista!
Eu me emociono com os jovens de altíssimo nível intelectual, e não apenas porque são pós graduados estrito senso, que acorrem à universidade pública atendendo aos editais de concursos Noto que já estão inseridos no mercado, nas escolas privadas, mas que chegam reivindicando participar de um espaço que é da escola pública: a produção do conhecimento; querem pesquisar. 
Num tempo em que a universidade pública sofre ataques insanos dos fariseus, do vendilhões do templo, essas iniciativas da juventude são promissoras.
Alvíssaras, meu capitão, terra à vista!!!
Minha Pátria É Minha Gente
Minha pátria é minha gente, povo simples de Petrópolis, da Baixada e do Subúrbio. Minha tribo gosta de se reunir nos almoços, contar histórias e rir, rir muito. Gostam de coisas simples, como passeios só pelo raro prazer de ver o mar. Me ensinaram a amar tudo isso. Ah, que vontade de estar com eles, em vez de ficar de longe, colecionando minhas saudades.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

MAILSON E A POLÍTICA
Para se ter uma ideia do que foi o desgoverno de Sarney, faz umas duas semanas que seu ministro da fazenda, o economista Mailson da Nóbrega, comentava para uma assembleia de empresários em São Paulo que a redução de juros adotada pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal era inútil para fazer com que os bancos privados também reduzissem suas taxas. E foi veemente nas suas declarações. Pois bem, hoje, os quatro maiores bancos privados nacionais divulgaram comunicados sobre a diminuição dos seus juros. Definitivamente, como profissional, o cidadão em apreço é um fracasso; entende tão pouco de política, assim como um ascensorista de elevador de hospital nada entende de medicina.
O pior é que ainda encontra gente disposta a pagar para ouvir suas asneiras.
Agora fica também muito claro porque os paulistas elegeram Clodovil e Tiririca deputados federais.

segunda-feira, 16 de abril de 2018


RELIGIOSIDADE AFRICANA: outras leituras
Apesar de muitas confissões religiosas, e não somente as cristãs, possuírem seu textos sagrados, como o Corão, os Vedas, o Guru Grant Sahib, o Tanakh, os Analectos, isso não pode ser considerado como regra geral. Muitos credos não os têm. Precisamente é o caso das religiões de matriz africana no Brasil, não obstante sua especificidade.
No Candomblé, tem grande importância a tradição oral. No espaço reservado do roncó, onde as abiãs dão o primeiro passo em sua iniciação, são-lhes passadas as narrativas essenciais pelos mais velhos[1]. No passado, utilizava-se o yorubá. Trata-se de um conhecimento milenar, já veio com os africanos escravizados, passado de geração em geração. Em algumas casas, aquela memória se perdeu, por isso o professor de Antropologia Reginaldo Prandi, da USP, reuniu-as em obra escrita, com o título Mitologia dos Orixás, cuja primeira edição saiu pela Companhia das Letras, no ano de 2001.
No geral, o candomblé preza como livro a natureza em suas diferentes manifestações. É na crença da santidade dessa leitura que nosso culto se produz e se reproduz. Sendo religião de fundo animista, nossos Orixás não são espírito de pessoas que já viveram no passado, mas forças naturais personificadas.
Tendo como ponto de partida essa alternatividade da leitura, as religiosidades das confissões, por  não conterem um livro sagrado, mas, em lugar deste, voltarem suas atenções para a natureza, é que se deve rejeitar como eurocêntrica e racista decisão de juiz federal no Rio, que nos negou a condição de religião, entendimento este repudiado pelo respectivo TRF.


[1] O candomblé se organiza em torno de dois princípios: o da autoridade e o da senioridade, deste deflui a importância dos mais velhos no culto


domingo, 15 de abril de 2018

REPETIÇÃO DA HISTÓRIA
Enquanto Colin Powell inventava a patranha das armas de destruição em massa no Iraque, hoje admitidas pelos EUA como um erro, no Brasil, um outro Colin Powell, mas de calça rasgada e suja, lá em curitiba, inventou a história do triplex do Lula, que não deu em nada. A história se repete? A primeira vez como tragédia, a segunda como farsa

domingo, 8 de abril de 2018

ABAIXO A INTELIGÊNCIA
Dia desses, aqui mesmo no Facebook, falei do ataque do (des)governo à inteligência, prendendo reitores e asfixiando as universidades pelo não repasse de recursos. Tudo com a complacência dos integrantes da pior legislatura que já esteve no Parlamento. Agora, a quadrilha vem com mais um golpe, qual seja, retirar os cursos de Humanidades das I.E.S federais. A proposta interessa às escolas privadas exatamente pelos pingues lucros que dela advirão. A receita é velha, professores sem qualificação, cargas horárias reduzidas ao mínimo, bibliotecas sem livros, periódicos ou mídias. Mas o mais cruel é que essa transferência acarretará a morte da pesquisa, já que as privadas nada investem na produção de novos conhecimentos. O grande resultado será a precarização da formação dos professores. Triste Brasil.
CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA
Dia desses, no Facebook, falei do ataque do (des)governo à inteligência, prendendo reitores e asfixiando as universidades pelo não repasse de recursos. Tudo com a complacência dos integrantes da pior legislatura que já esteve no Parlamento. Agora, a quadrilha vem com mais um golpe, qual seja, retirar os cursos de Humanidades das I.E.S federais. A proposta interessa às escolas privadas exatamente pelos pingues lucros que ela advirão. A receita é velha, professores sem qualificação, cargas horárias reduzidas ao mínimo, bibliotecas sem livros, periódicos ou mídias. Mas o mais cruel é que essa transferência acarretará a morte da pesquisa, já que as privadas nada investem na produção de novos conhecimentos. O grande resultado será a precarização da formação dos professores. Triste Brasil

sábado, 7 de abril de 2018

BANDEIRA VERMELHA
Fico aturdido quando leio posts sobre a bandeira do Brasil. Para essas pessoas, o auriverde pendão deveria prevalecer sobre o vermelho.
Meu povo, o verde é a cor da casa dos Bragança; o amarelo homenageia a casa austríaca dos Habsburgos. Até pela origem do nome Brasil, um pau de tinta, a cor da bandeira nacional deveria ser vermelha.
Ah, vão estudar

Patética Brumado.
Hoje, 07/04, por volta das 11 da manhã, na avenida Dr. Antonio Mourão Guimarães, terminada a missa em São Bernardo, um honda civic preto, pisca alerta acionado, tentava formar uma carreata... Ninguém o seguia. Alguns motoqueiros, bestializados, praguejavam contra o trânsito lento. Se bem que, ao longe, pipocavam alguns rojões envergonhados de peões que se pensam capitalistas

quinta-feira, 5 de abril de 2018

O DIREITO QUE SE APLICA TORTO
Escolhi esse título lembrando texto de ROBERTO LYRA FILHO: O Direito que se ensina torto. Passemos aos argumentos. Estou desaprendendo as lições que aprendi. A função dos magistrados - Estado juiz- deveria ser a de fazer respeitar os direitos do réu contra a vontade de punir do Estado-Ministério Público, secundado este pela polícia. Não é o que tenho visto. Juízes que se consorciam com o MP, como Sergio Moro, entre muitos outros, para dar vazão à insânia punitiva. Ora, até o Código Penal foi erigido para conter a pretensão punitiva do Estado nos limites das penas  nele capituladas, A Lei, ora a Lei. Enfim, a lei não vale mais nada, começando pela Lei das Leis, a Constituição, quando o tribunal encarregado de custodiá-la é o primeiro rasgá-la. O precedente é perigoso porque abre os portões para as interpretações selvagens de nossa Carta Magna, ou seja, o judiciário dando aval para instalação da barbárie.