terça-feira, 8 de março de 2016

Incontestáveis os bons resultados alcançados pelas políticas de inclusão implementadas pelo governo do PT: bolsa família, ações afirmativas com cotas para negros, minha casa-minha vida, mais médicos, interiorização das universidades e dos institutos federais, entre tantas outras.
Essas vitórias, entretanto, não são passaporte para a falta de transparência das decisões, obras superfaturadas, caixa 2 e outras falcatruas. Quero crer que o ex-presidente Lula, até prova em contrário, não tirou proveito pessoal da má conduta que lhe é atribuída. Ele parece ser um homem que cultiva hábitos modestos, coerentemente com sua origem social.
Agora, se há fundadas razões para suspeita, o MP existe para promover a responsabilização criminal dos acusados de maneira equilibrada, sem estardalhaço na mídia. Da mesma forma que o Judiciário deve fidelidade irrestrita às normas procedimentais, sem estrelismo, agindo sempre com maturidade, sob o risco de o açodamento e a persecução fora do respectivo disciplinamento legal - due process of law- suscitarem reações capazes de empurrar o Brasil para uma guerra civil, os acontecimentos em Congonhas, por exemplo, são amostra do que poderá acontecer.
Os jornalistas, por sua vez, precisam estar conscientes de sua responsabilidade social, informando livremente sem estimular ressentimentos, ódios e, acima de tudo, evitar o açulamento da opinião pública. 
Devem lembrar-se do exemplo da Corte Criminal Internacional que julgou o genocídio em Ruanda, criada em Arusha, Tanzânia, no ano de 1994, quando também jornalistas sentaram-se no banco dos réus, juntamente com os executantes dos crimes de lesa-humanid

sexta-feira, 4 de março de 2016

RIO x SÃO PAULO.
Nem a transferência da capital para Brasília conseguira tirar do Rio seu papel de caixa de ressonância e capital cultural do Brasil. Muito, porém, fizeram os militares no pós-64 para dobrar a espinha do carioca, sempre contando com o apoio do clã dos marinho. Pouca gente sabe que a caça às bruxas atingiu primeiro e mais intensamente a UFRJ do que a USP.
A imprensa carioca sempre foi muito mais cosmopolita que a paulistana. O jornal mais importante do Rio era o Jornal do Brasil, era para ser lido no Brasil, enquanto os bandeirantes tinham um certo vezo provinciano, tanto o estado de são paulo quanto a folha. Foi também no Rio que surgiu o Pasquim, responsável por uma verdadeira revolução na mídia impressa entre nós. Enquanto isso a folha emprestava seus carros para a repressão política.
Pouca gente sabe, mas o Rio já teve mais salas de teatro que São Paulo. O que o Rio é hoje resulta da desatenção e esvaziamento sofridos pelos governos durante a ditadura, ainda assim continua sendo o 2º PIB do Brasil, muito mais fruto da garra de seu povo que nunca se dobrou, sempre sufragando a oposição
REFLEXÕES SOBRE O 4 DE MARÇO DE 2016
folha e o estado de são paulo fizeram o jogo da ditadura, uns mais, outros um pouco menos, mas estavam do lado dos golpistas. É um jornalismo-táxi, alugado pelas classes proprietárias. Interessante que, no livro Brasil: de Getúlio a Castelo, o insuspeitoSkidmore com todas as letras apontava a estreita ligação de origem entre a jornal da time&life e o comércio atacadista do Rio.
Mudaram os patrocinadores, mas o noticiário de conveniência continua, sempre atacando qualquer governo que tenha, mesmo de longe, vinculação com a massa trabalhadora. Foi assim com Vargas, com Jango e com o Brizola que soube bater na família marinho e derrotar sua tentativa de fraudar as eleições para governador, em que ele se sagrou vencedor.

quarta-feira, 2 de março de 2016

VAMOS REGULAMENTAR O HORÁRIO DE TRANSMISSÃO DOS PROGRAMAS POLICIALESCOS
O direito do cidadão à boa informação vem sofrendo sérios agravos. Está certo que cada um tenha lá suas opções ideológicas político-partidárias, faz parte do jogo. É da essência do regime democrático a convivência com o conflito suscitado pela pluralidade de programas e projetos partidários. O que não pode continuar acontecendo são os abusos cometidos pelos programas de noticiário policialesco. Que a pretexto de noticiar, inculcam sub-repticiamente propagandas de interesse de segmentos do capital; falo da campanha por mais prisões e endurecimento do sistema penal, pavimentando assim o caminho da privatização dos estabelecimentos prisionais. Salientando que esse discurso enviesado tem merecido o reproche dos juízes mais consequentes e dos doutrinadores sérios, ouso propor o lançamento de uma campanha nacional pela alteração do horário de transmissão dos programas de caráter policial, jamais a sua extinção. Eles poderiam ir ao ar apenas depois das 23 horas.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

O NEGRO NA PRÉ-HISTÓRIA DO BRASIL: indagações e perplexidades
Estudos em sítios paleológicos têm trazido à luz evidências que permitem novos olhares sobre a presença dos negros em nosso país, relativizando a hipótese de que estes teriam chegado por aqui na condição de escravizados pelos europeus.
Cientistas da USP sugerem que os vestígios humanos encontrados nas pesquisas arqueológicas da região de Pedro Leopoldo-MG guardam muito mais semelhança com aborígenes australianos e negros do que com a população indígena, surgida por volta de 11 mil anos atrás. 
Quando visitei o museu do Homem Americano que exibe material recolhido no Parque Nacional da Serra da Capivara, ambos em São Raimundo Nonato-PI, um crânio apresentado logo na entrada daquele museu atesta essa mesma similitude apontada em Minas. Eram negros os primitivos habitantes do Brasil

sábado, 6 de fevereiro de 2016


É BOM SABER
Isso chama minha atenção para a responsabilidade social de quem opera as mídias. No Tribunal Penal Internacional que julgou o genocídio em Rwanda. Lá dois jornalistas foram condenados por incitação ao ódio, grande componente da violência contra dos hutu contra os tutsi. Um recebeu pena de prisão perpétua, enquanto o outro foi condenado a 35 anos. O Tribunal rejeitou a tese de liberdade de expressão, argumento central da defesa de ambos. Confiram:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0412200301.htm

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética…
JORNALISTAS.ORG.BR

O DIA EM QUE AS VISITADORAS SE TORNARAM PROFESSORES DE HISTÓRIA EM SÃO PAULO

Assim como na Europa aparecem historiadores revisionistas que querem negar o holocausto, e a França criou até um figurino legal para enquadrá-los, aparerceu um suposto historiador em S. Paulo para dizer que a ditadura durou somente onze anos no Brasil. O sujeito é tão doido que defende o fim do regime militar em 79, com a edição da lei de Anistia. Ora, mesmo usando seu critério louco, 79 menos 64 = 15, e não onze. Por conta disso, toda vez que me referir a ele vou chamá-lo de visitadora. Não me perguntem o por quê. Quem estiver curioso, leia o romance Pantaleão e As Visitadoras, de Mario Vargas Llosa.