sexta-feira, 4 de março de 2016

RIO x SÃO PAULO.
Nem a transferência da capital para Brasília conseguira tirar do Rio seu papel de caixa de ressonância e capital cultural do Brasil. Muito, porém, fizeram os militares no pós-64 para dobrar a espinha do carioca, sempre contando com o apoio do clã dos marinho. Pouca gente sabe que a caça às bruxas atingiu primeiro e mais intensamente a UFRJ do que a USP.
A imprensa carioca sempre foi muito mais cosmopolita que a paulistana. O jornal mais importante do Rio era o Jornal do Brasil, era para ser lido no Brasil, enquanto os bandeirantes tinham um certo vezo provinciano, tanto o estado de são paulo quanto a folha. Foi também no Rio que surgiu o Pasquim, responsável por uma verdadeira revolução na mídia impressa entre nós. Enquanto isso a folha emprestava seus carros para a repressão política.
Pouca gente sabe, mas o Rio já teve mais salas de teatro que São Paulo. O que o Rio é hoje resulta da desatenção e esvaziamento sofridos pelos governos durante a ditadura, ainda assim continua sendo o 2º PIB do Brasil, muito mais fruto da garra de seu povo que nunca se dobrou, sempre sufragando a oposição

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