quarta-feira, 8 de junho de 2016

O empresariado de S. Paulo e seus cães de guarda.
A expressão cães de guarda diz respeito hoje aos praticantes de um jornalismo de reverência na França, segundo Serge Halimi, aos interesses de grupos industriais e financeiros.
A sórdida campanha pelo impeachment da presidenta Dilma foi urdida nos jornalões e revistas, à custa de calúnias e demais delitos tipificados no capítulo V do Código Penal, onde estão listados os Crimes contra A Honra. Os acontecimentos posteriores, pouco a pouco, 
vieram não somente para desmentir a boataria, como também para confirmar a apontada vinculação entre os cães de guarda e a alta burguesia, caso dos altos escalões da FIESP, sobre quem pesa a acusação, ainda não desmentida, de assalto aos cofres das entidades componentes de sua fatia do sistema S, para usar tais recursos em: contratação de milícias de rua, confecção dos patos e outros materiais.
Com a ascensão do vice ao trono do Planalto, tudo está mostrando que a Bos Taurus Taurus foi para o brejo, a começar pelo ministério cai-cai, com os titulares de um dia. Com isso, as panelas voltaram para as cozinhas, e a indignação verdadeira, esclarecida, tomou conta das ruas. Fica claro que a aventura não deu certo. Como bem dizia Doutor Getúlio, paulista sabe fazer dinheiro, mas não sabe fazer política.
Na verdade, a alta burguesia paulista quis reverter a tendência crescente de esvaziamento de sua hegemonia, para isso, além dos cães de guarda, precisou do reforço dos parceiros de sempre, aquele lá do norte... A Wikleaks já tinha cantado a pedra. As mexidas no tabuleiro eram simples, mas o preço foi enterrar o Mercosul, esvaziar o BRICS, entregar o Pré Sal. O tema foi tratado nas páginas de texto citadíssimo, porém pouco lido, de um dos luminares das ciências sociais bandeirantes em sociedade com um seu colega chileno: "a especificidade histórica da situação de subdesenvolvimento nasce precisamente da relação entre sociedades periféricas e centrais". Em português claro, isso quer dizer que o processo nasce das relações estabelecidas a partir das classes e grupos sociais daqui mesmo, ou seja, não é simplesmente o americano, ou o japonês, ou o russo, ou o diabo que o carregue, quem determina de fora consequências internas, mas os arranjos estruturados aqui que o fazem antes.
Bem, esse tipo de aliança do empresariado nacional com o americano garantiu um modo de acumulação do capital altamente favorável a S. Paulo. Lula e Dilma mexeram nisso, meio aprendizes de feiticeiros, e começaram a despontar outras possibilidades de fuga do eixo de produção paulista para o Nordeste. Cutucaram a onça com vara curta. A Bahia é exemplo, e não o bolsa-família kkkkkkkkkkkkkk, como querem os economistas da revista Naspers que, sem o sustentáculo do apartheid, veio da África do Sul para cá e comprou a (não)Veja. Daí derivou em parte o sucesso eleitoral do PT por aqui.
Será que, hoje, começará a ser desmontada a palhaçada, com a cassação do Cu nha na Câmara??? Aguardemos, pois

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