segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

ATRASO POLÍTICO
Faz muito tempo que, em artigo publicado na revista Civilização Brasileira, Celso Furtado diagnosticava um dos graves problemas de governabilidade no Brasil, nos anos 50-60, qual seja, o descompasso entre o Executivo e o Legislativo, este, dominado por forças conservadores, obstaculizava qualquer esforço modernizante proposto por aquele. Sobreveio o pronunciamiento de 1º de abril e, com ele, o obscurantismo autoritário perdurou por duas longas décadas. Com o retorno ao Estado de Direito, o velho empate entre a Presidência da República e o Congresso volta ao centro da política. Só que agora, outras estratégias passaram a ser empregadas para garantir a maioria do governo, e não estou falando do mensalão, e sim do loteamento dos cargos federais nos Estados, além das transferências voluntárias para Estados e Municípios, decorrentes de emendas apresentadas pelos parlamentares à lei orçamentária.




 

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